segunda-feira, 22 de abril de 2013

GERALDO, O ASSOBIADOR



Nascido em Barão de Cocais - MG aos dezesseis dias do mês de abril do ano de 1954, GERALDO CLEOFAS  DIAS ALVES, chegou à escolinha do FLAMENGO em 1970.
         
         O elegante jogador, que usava a camisa número 8 às costas, foi bi campeão juvenil em 1972/73, tendo sido promovido a titular em 1974. Excelente  domínio da bola, que mantinha presa aos pés e grande driblador, disputou 2 jogos pela Seleção Brasileira, em 1976. Seu último gol atuando pelo MAIS QUERIDO foi contra o Vasco, pela Taça Guanabara e a última partida, contra o Americano de Campos.

         Com o Galinho, tinha uma afinidade que ultrapassava as quatro linhas. Geraldo frequentava a casa da família de Zico em Quintino e era tido pelos pais do camisa 10 como um “filho postiço”. Ou, nas palavras de seu Antunes, “meu filho marronzinho”. Outro grande amigo, talvez o maior, era o meia Carlos Alberto Pintinho, do Fluminense, que o tratava por Gera, e com quem gostava de frequentar bailes e danceterias na noite carioca, nos quais curtiam músicas como “Your Song”, de Elton John, na versão de Billy Paul, a qual o meia rubro-negro vivia assoviando – daí o apelido.

         Brandão,  técnico da SB era grande admirador de seu futebol, o qual considerava superior até ao de Zico, e deu a Geraldo a camisa 10 canarinho nos dois jogos contra o Peru, pelas semifinais da Copa América daquele ano, disputada sem sede fixa, em jogos de ida e volta.

          Até que em 26 de agosto de 1976, calou-se o assovio do nosso grande jogador. Aos 22 anos, o coração de Geraldo parou. Morreu o craque do FLAMENGO.Morreu na sala de operação. Uma simples operação de amígdalas, com anestesia local. E foi uma reação alérgica à anestesia que o matou.
         
          No primeiro jogo após a morte do grande craque, contra o ABC de Natal, o time jogou de calções negros, que não eram usados desde a morte do ex presidente do Clube, Gilberto Cardoso.

         Bem amigos queridos do FLAETERNO, esta é uma homenagem em poucas palavras daquele que foi ao lado do Zico, um craque  da bola, os anos 70 e que deixou-nos precocemente, de quem sentimos muitas saudades.

          Parafraseando o nosso querido amigo, o bom baiano  URUBUROCHA, "Geraldo Assoviador, um Ídolo para sempre."



                                                                      ABRAÇO FRATERNO E FLAETERNO A TODOS.

          
Títulos

[editar]Flamengo
Campeonato Carioca: 1974
Taça Guanabara: 1973
Taça Cidade do Rio de Janeiro: 1973
Taça Rede Tupi de TV (RJ): 1973
Taça Araribóia (RJ): 1973
Taça Doutor Manoel dos Reis e Silva (RJ): 1973
3º Turno do Campeonato Carioca: 1974
Taça Deputado José Garcia Neto (MT): 1974
Taça Dr. Manoel dos Reis e Silva (GO): 1974
Campeão da Taça Associação dos Servidores Civis do Brasil (RJ): 1974
Troféu João Havelange (RJ): 1975
Torneio Quadrangular de Goiás: 1975
Torneio Quadrangular de Jundiaí (SP): 1975
Taça José João Altafini "Mazola" (RJ): 1975
Taça Jubileu de Prata da Rede Tupi de TV (DF): 1975
Taça Nelson Rodrigues: 1976
Torneio Quadrangular de Mato Grosso: 1976
[editar]Seleção Brasileira

domingo, 24 de fevereiro de 2013

SALVE O NOSSO REI DO FUTEBOL - ZICO



       Bem, queridos FLAETERNOS, chegando a data em que o nosso Arthur Antunes Coimbra, o Zicaço aço aço ...  completará 60 anos e nada mais justo do que um texto em sua homenagem. É claro que não sou um "arquivo vivo" e mesmo tendo lembranças de momentos memoráveis do nosso eterno Galinho, precisei utilizar outros recursos para obter mais informações sobre a vitoriosa carreira desse que foi o maior que vi jogar pelo FLAMENGO e que para mim, só perdeu para um tal de Edson Arantes do Nascimento que jogava demais, em se tratando de futebol mundial.

          Nascido em 3 de março de 1953, Arthur Antunes Coimbra, começou jogando futebol pelo Juventude, time formado pelos seus irmãos e amigos do bairro de Quintino e futebol de salão, hoje comumente chamado de futsal, no River, bairro da Piedade, aqui no RJ, quando em uma partida seu time venceu por 14 X 4 e um menino lourinho e franzino fez nada mais nada menos que 10 gols, encantando uma pessoa presente naquele Clube, o locutor esportivo Celso Garcia, grande rubro negro, já falecido, a quem devemos uma eterna gratidão, por ter levado para a Gávea, aos 14 anos de idade, aquele que seria o maior ídolo da história do FLAMENGO.

          Zico foi "preparado" em laboratório, para adquirir força muscular. Mais uma pessoa importantíssima na carreira do Galo, depois do "descobridor" que levou-o ao CRF, JOSÉ ROBERTO FRANCALACCI, o preparador físico que desenvolveu todo o trabalho de fortalecimento muscular do atleta, tanto no Clube quando na sua Academia.

          Sua estreia no time titular, deus-se em 1971, numa vitória sobre o CRVG pelo placar de 2X1, quando deu passe para um gol do folclórico Fio. Em 1972, participou de 2 partidas pelo time principal, quando foi campeão carioca daquele ano, sendo ainda juvenil.

          Somente no ano de 1974, mais fortalecido para aguentar o tranco e os zagueiros brutamontes, principalmente do Vice, que entravam para quebrar, recebeu a camisa 10, sendo Campeão Carioca e tendo recebido a Bola de Ouro da Revista Placar, pelo seu excelente desempenho no Campeonato Brasileiro daquele ano.

          Em 1979, aos 26 anos, Zico superou a marca do até antão artilheiro, Dida, que havia marcado 244 gols pelo MAIS QUERIDO. Daí, foi uma sucessão de títulos BR, Libertadores/81 e  Mundial de Clubes.

          Em 1983, Zico transferiu-se para a Udinese da Itália, onde jogou por 2 temporadas, tendo voltado ao seu Clube de coração em 1985, quando em uma partida contra o Bangu, foi atingido deslealmente, de forma criminosa, melhor dizendo, pelo LE Márcio Nunes, tendo de ser operado, precisando ficar vários meses de fisioterapia (mais de 8h diárias de musculação)  para recuperar alguns centímetros da perna atingida, que ficara atrofiada.

          Para quem já o considerava um ex jogador, o Galinho provou o contrário, perseverante que era !!! Na partida de estreia do saudoso Sócrates, ele marcou 3 vezes, sendo 1 gol de falta na vitória do FLAMENGO por 4 X 1 em cima dos Flores.

          Depois, veio a Copa do Mundo (único título que faltou na sua carreira) e a Copa União de 87, quando fomos o legítimo campeão BR e até hoje é discutida nos bastidores da CBF. Título reconhecido pelo Clube dos 13, devidamente  assinado pelos dirigentes à época, inclusive pelo Sr. Eurico Miranda. Mas resolveram roubar-nos a Taça iôiô (vai e volta) mas para a NRN somos o legítimo campeão. Não se pode mudar a regra no meio do campeonato. Está dito !!!

          Zico decidiu parar de jogar no segundo semestre de 1989: Sua última partida profissional pelo Flamengo terminou da melhor forma possível, com uma goleada de 5 x 0 sobre o Fluminense em Juiz de Fora, num jogo em que o Galinho não poupou dribles, lançamentos e um inesquecível gol na sua especialidade. "Era tudo o que eu queria. Terminar com um gol e justo do jeito que eu mais gosto: de falta".

          Em 1991, o Galinho resolveu voltar aos gramados, atuando no Japão, (Sumitomo, hoje, Kashima Antlers) tendo feito vários  gols e é endeusado pelos apaixonados torcedores japoneses até hoje.

          De volta ao Brasil, criou o CFZ. Convidado a ser técnico também, passou por alguns Clubes, fora do Brasil e Seleção Iraquiana, tendo sido também convidado para exercer cargo de Diretor no CRF, na gestão anterior, que prefiro nem comentar, tamanha a covardia feita a ele, que não merecia tal tratamento. Mas vida que segue, o Galo deu a volta por cima ao apoiar os "Blues", chapa azul, vitoriosa na última eleição no nosso Clube.



         FAMÍLIA: Para quem não sabe, Zico descende de portugueses tanto pelo lado paterno como pelo lado materno.  José Antunes Coimbra , grande rubro negro e Matilde Ferreira da Costa Silva.  Do casamento nasceram seis filhos, cinco homens e uma mulher: a mais velha Zezé, Antunes  (falecido em 8 de Janeiro de 1997), Zeca, Nando, Edu e Tunico, e finalmente Zico. O nome Arthur foi escolhido pela mãe por causa de seu avô (que viria a falecer um ano depois). Zico e Sandra casaram-se em 18 de Dezembro de 1975. Zico e Sandra têm três filhos: Arthur Antunes Coimbra Júnior (nascido a 15 de Outubro de 1977), Bruno de Sá Coimbra (nascido a 16 de Outubro de 1978) e Thiago de Sá Coimbra (nascido a 6 de Janeiro de 1983) e dois netos.

        

          Falar do Zico, aquele que foi e é o maior artilheiro do Maracanã, com 333 gols marcados, cujo recorde dificilmente será quebrado, é uma satisfação indescritível, amigos. Um jogador que atuava de meia, aquele que a bola, antes de chegar às redes do adversário, passava obrigatoriamente pelos seus pés, para dar sequência, levar seu carimbo e ainda aparecia na área adversária para finalizar ou quando ele mesmo iniciava, ainda na intermediária, "lambendo" toda a defesa adversária, inclusive o goleiro e finalizava a gol. Como jogava o Galinho ...  sem contar que enfrentou os zagueiros mais carniceiros já vistos. Não esqueço do que o falecido Moisés dizia. Zagueiro que se preza, não recebe o troféu Belfort Duarte (era dado ao jogador que nunca foi expulso de campo) e ele, sempre maldoso, na primeira bola já ia direto no tornozelo do Zico, pois na primeira falta, os juízes tb nunca davam cartão. E olha que ser artilheiro pelo Flamengo, enfrentando zagueiros como Abel, Moisés, Renê, Orlando Lelé não é para qualquer um não hein !!! E o Zico enfrentou essas feras e VENCEU !!!



          Ao cidadão ARTHUR ANTUNES COIMBRA, grande jogador de futebol, ZICO, de muitas alegrias proporcionadas à NRN, homem de caráter, hombridade, moral, chefe de família, esposo, pai, avô, desejo muita SAÚDE, PAZ, PROSPERIDADE E HARMONIA, no dia em que completará 60 anos de vida e que Deus continue abençoando-o, na torcida de que volte ao nosso CLUBE, quem sabe,  na atual gestão ou na próxima, pois estaria em meio a pessoas de bem, que desejam tão somente o engrandecimento do FLAMENGO. Abç e SRN 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O MARACANÃ NUNCA MAIS SERÁ O MESMO !!!


       
Bom dia, queridos FLAETERNOS, 

A minha relação de amor com o MARACANÃ, começou numa tarde de domingo de 1963, ainda pequeno, levado pelas mãos do meu saudoso pai. Uma multidão jamais vista em toda a minha vida. E olhem que fui a vários jogos, principalmente contra o nosso eterno freguês com mais de 150 mil pessoas. Naquela partida, foram quase 178 mil pagantes, tendo o público total, na faixa de 195 mil torcedores no Estádio.

 Pé quente que sou, debutei no Maraca logo com um título estadual, em cima do Flu. Um 0X0 histórico e marcante demais para mim. Naquele dia, foi "batido" o recorde absoluto de público no Maracanã em jogos de clubes, e também da história do futebol mundial. Já nos anos 80, até 92, era eu quem levava o meu velho pai, numa forma de eterna retribuição e gratidão a ele.
 Fui a vários jogos pelo CC e BR, sendo que finais mesmo, assisti poucas no Maracanã, mais por causa da agitação dentro e fora do estádio e filhos ainda pequenos. Como era lindo  ver a nossa torcida descendo nas plataformas dos trens, na Estação próxima ao estádio !!! Aquele mar em vermelho e preto ... Caravana de ônibus passando pela Av. Brasil, Ponte RN, vindos de outros Municípios e Estados também, carros particulares com bandeiras nas janelas e nos vidros traseiros e motoristas saudando com buzinadas. As torcidas (que eram organizadas à época), pois hoje são facções, entrando desfraldando aqueles bandeirões, era de arrepiar, de fazer chorar o mais insensível ser humano que estivesse ali.

Quero citar aqui um senhor que conheci nos tempos em que trabalhava em Banco e fazia pagamento dos funcionários públicos (BANERJ), doado pelo Sr. Marcelo Além Bar (rsrs) aos "Setúbal" do Itaú, mas deixa pra lá, nada vai mudar ... então, era o Isaías Ambrósio, um dos funcionários mais antigos do Maracanã. Começou trabalhando ainda nas fundações do Estádio, em 1948. Era pedreiro, tendo passado a telefonista, segurança e finalmente, "guia turístico" do Estádio, até 2004.
 Era o Isaías o responsável por receber comitivas de turistas estrangeiros e domésticos e prestar todo o tipo de informações aos mesmos. Ele desenrolava bem um castelhano e um inglês razoável.  Ele ia à frente da turma mostrando detalhes do nosso Estádio do Maracanã. Ele fazia questão de mostrar o n. da sua matrícula (0009) na sua carteirinha de funcionário da SUDERJ (atual) antigamente era ADEG. Quem aqui lembra do locutor do Estádio, Victório Gutemberg, já falecido, falando: A ADEG INFORRRRRRRMA !!! Tinha um vozeiro ele !!! ... Então, o Isaías, era uma figura doce, super educada e tive a honra de conhecê-lo e ser seu amigo por muitos anos, até que ele nos deixou, tendo falecido em janeiro/12. Como eu admirava aquele senhor !!! Tinha muitas histórias lindas para contar.
Curiosidade: MÁRIO FILHO, pernambucano de Recife,  torcedor do FLAMENGO, falecido em setembro de 1966 passou a ser o nome do Estádio, que  antes era conhecido oficialmente como Estádio Municipal do Maracanã.
Quantas vezes cantávamos: O MARACA É NOSSO !!! VAI COMEÇAR A FESTA ...

         Em 2007, a Prefeitura deixou o Maracanã, um brinco !!! Dava gosto ver as suas instalações totalmente reformadas, pronto para receber os Jogos Pan Americanos. Achei um crime destruí-lo quase que todo e refazer. Talvez fosse mais viável a construção de um novo estádio, mas a FIFA impôs e o governo aceitou, não sei com quais intere$$e$ !!! ??? ... Fora o tempo da reforma, com despesa de R$ 1 bi, maior do que o tempo da construção, acreditem,  é verdade !!!
      Nunca mais será o mesmo, lotado como antes !!! Até porque existem as cotas de TV pagas aos Clubes, venda de pacotes de ppv. Um exemplo é o jogo do FLA X vice, numa quinta feira, às 19:30h, com pouco mais de 12 000 pagantes. Antigamente era o Clássico dos Milhões, TV (VT), só depois da meia noite. Àquela época havia apelo promocional nas rádios e jornais e o público comparecia em massa e os clubes viviam das arrecadações, principalmente os pequenos quando nos enfrentavam. Lembro-me de uma partida que o Clube que nos enfrentou, não sei se foi o Bonsucesso, recebeu uma cota sobre a arrecadação que dava para pagar 6 meses da sua folha salarial.  Sem falar nos altos preços que serão cobrados após a inauguração do novo Estádio, com capacidade reduzida e mais confortável. Se hoje cobra-se 40 reais para assistir uma partida contra o Volta Redonda em Moça Bonita, quanto será cobrado no Novo Estádio Mário Filho ???

         Bem, queridos FLAETERNOS, desculpem-me por não saber "amarrar" bem os assuntos. Sou assim mesmo, falo uma coisa, mudo e depois volto ao mesmo assunto. (rsrs) Preciso ordenar melhor os assuntos. Um dia eu aprendo.

          Esta é mais uma história mais que rubro negra !!! AFINAL O MARACA É (OU ERA) NOSSO ?
 Com a palavra os homens  que mandam na política do Mun. do RJ, e infelizmente torcem para o vice.

Maiores públicos do Maracanã:

1º. Brasil 1-2 Uruguai– Copa do Mundo
Data: 16/07/1950 Estádio: Maracanã Público: 199.854 pessoas no total
2º. Brasil 4-1 Paraguai – Eliminatórias
Data: 21/03/1954 Estádio: Maracanã Público: 195.513
3º. Fluminense 0-0 Flamengo -  Campeonato Carioca
Data: 15/12/1963 Estádio: Maracanã Público: 194.603
4º. Brasil 1-0 Paraguai – Eliminatórias
Data: 31/08/1969 Estádio: Maracanã Público: 183.341
5º. Flamengo 3-1 Vasco – Taça Guanabara
Data: 04/04/1976 Estádio: Maracanã Público: 174.770
6º. Flamengo 2-3 Fluminense – Campeonato Carioca*
Data: 15/06/1969 Estádio: Maracanã Público: 171.599
7º. Botafogo 0-0 Portuguesa-RJ - Campeonato Carioca
Data: 15/06/1969 Estádio: Maracanã Público: 171.599
8º. Flamengo 0-0 Vasco – Campeonato Carioca
Data: 22/12/1974 Estádio: Maracanã Público: 165.358
9º. Brasil 6-0 Colômbia – Eliminatórias
Data: 09/03/1977 Estádio: Maracanã Público: 162.764
10º. Flamengo 2-1 Vasco – Campeonato Carioca
Data: 06/12/1981 Estádio: Maracanã Público: 161.989


 O QUE TIVER QUE SER, SERÁ !!! SRN

domingo, 20 de janeiro de 2013

"A PRIMEIRA LIBERTADORES, A GENTE NUNCA ESQUECE"






           Bem, queridos FLAETERNOS, depois de 17 dias como titular absoluto  no time do "chinelinho", eis que, motivado por uma palavra do nobre companheiro Rodrigo Ribeiro, hoje, pela manhã, retorno a mais uma história, a maior que antecedera a conquista do Mundial Interclubes e deu em 23 de novembro de 1981, com o rubro negro saindo vencedor da LIBERTADORES, naquela oportunidade. Já havia citado essa partida, na primeira Coluna, porém sem maiores detalhes, a não ser a entrada do herói ANSELMO, jogador que proporcionou-nos os melhores 30 segundos de um jogador, em campo, atuando pelo RUBRO NEGRO.

           No primeiro jogo, dia 13 de novembro, no estádio do Maracanã, o FLAMENGO venceu o Cobreloa por 2 x 1. Zico abriu o placar aos 12 e ampliou aos 30, cobrando pênalti. Merello, aos 20 do segundo tempo, descontou para os chilenos.

          Na segunda partida, dia 20 de novembro, no estádio Nacional, do Chile, o Cobreloa devolveu a derrota. Venceu por 1 x 0. O Flamengo, que precisava apenas de um empate para conquistar a taça, foi forçado a jogar a terceira partida.

          O jogo foi marcado para três dias depois, em campo neutro. No dia 23 de novembro de 1981, Flamengo e Cobreloa jogaram no estádio Centenário, em Montevidéu. O MENGÃO venceu a partida por 2 x 0, com gols de Zico aos 13 do primeiro e aos 39 do segundo tempo de jogo, cobrando falta e fazendo festa para os comandados do treinador Paulo César Carpegiani.

          Foi uma partida das mas violentas já vista em todos os tempos. Jogadores chilenos jogando com pedras nas mãos, esfregando nos corpos dos nossos jogadores, como o Adílio, que sangrava no rosto, depois da covardia dos adversários.

          Para se ter uma ideia do domínio do FLAMENGO na partida, em cinco minutos, tivemos 5 oportunidades claras de gol. Mesmo com a expulsão de Andrade, ainda no primeiro tempo, o time não caiu de produção, tendo sido recomposto provisoriamente, com o recuo de Tita e Adílio, por exemplo, para socorrer o nosso sistema defensivo. Porém, no intervalo, o nosso time voltou mais arrumado.

          O primeiro tempo, na verdade, pode ser dividido em dois. Do início até os 35 minutos, além de marcar um gol (Zico), aos 17, em passe de Adílio, o FLAMENGO fez uma grande exibição de futebol, não tomando conhecimento das faltas violentas dos chilenos e com toques precisos no meio de campo, impôs o ritmo da partida.

          Aos 35m do primeiro tempo, Andrade, após entrada violenta, acabou expulso pelo árbitro. Aí, começou a segunda fase do primeiro tempo. O time sofreu um descontrole, permitindo assim com que o Cobreloa conseguisse impor seu jogo, à base da correria e cruzamentos altos na nossa área.

          Voltamos para o segundo tempo, mais organizado, até que aos 31m, falta a nosso favor. E quem vai bater ??? ELE !!! Zicaço ... aço ... aço !!! Observa a posição do goleiro Wirth, toma pouca distância e coloca a pelota, por cobertura, no canto. O goleiro chileno apenas observou a bola entrar. Fazer o que, né ???

         Nesta partida,o nosso ARTILHEIRO DAS GRANDES DECISÕES, o Nunes não teve uma boa atuação, perdendo 2 oportunidades claras de gol, e ainda se atrapalhou dentro da área adversária , após grande tabela entre  Júnior de Adílio, mas valeu pelo esforço, pois nunca se entregou em campo.

        Zico ao final da partida deu a seguinte declaração:  E agora? Onde estão os valentões? Onde está o time fantasma que vinha assustando a todos? O FLAMENGO é o melhor. É o CAMPEÃO e nem mesmo na base da violência nos pararam.

         As lembranças daquela partida traumatizaram Zico. " Sabe lá o que é você olhar para os lados e ver o Adílio cheio de sangue, o Lico com o rosto deformado, o Tita levando um soco na cara, do Sotto ??? "

     .    Entrevistas, abraço, beijos, Zico quase não podia se mexer no enlouquecido vestiário rubro negro. A melhor resposta, foi a que demos em campo: - Viram como eles ficaram tontos em determinados momentos? Mais tontos do que se tivessem levado um soco. Futebol é isso. Futebol brasileiro é arte, não violência e agora vamos partir para ganharmos o Campeonato Mundial Interclubes no Japão. É só esperar para ver !!!

          E não é que o nosso Galinho estava certo ???

         FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 2 x 0 COBRELOA

Data: 23 de novembro de 1981
Local: Estádio Centenarios, em Montevidéu-URU
Árbitro: Roque Cerullo (URU)
Público: 30.200 pagantes
Expulsos: Andrade e Anselmo (Flamengo); Mario Soto, Eduardo Jiménez e Armando Alarcón (Cobreloa)
Gols: Zico aos 13 do 1° tempo; Zico aos 39 do 2° tempo

FLAMENGO: Raul, Nei Dias, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Leandro e Zico; Tita, Nunes (Anselmo) e Adílio. Técnico: Paulo César Carpegiani

COBRELOA: Oscar Wirth, Hugo Tabilo, Juan Páez (Oscar Muñoz), Mario Soto e Enzo Escobar; Eduardo Jiménez, Armando Alarcón e Victor Merello; Hector Puebla, Jorge Siviero e Washington Oliveira. Técnico: Vicente Cantatore

Bem, queridos FLAETERNOS, eis aqui mais uma belíssima história do nosso AMADO CLUBE, a segunda maior, após o MUNDIAL INTERCLUBES. Espero que gostem, se deliciem, que deitem e rolem(rsrs) !!! E vamos torcer para um bom início de CC, daqui a pouco. Que os "pratas da casa" aproveitem as oportunidades desta vez. Acredito num placar de 4 x 0, com 2 gols do presidente Nixon. ABÇ E SRN..

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O MAIOR TÍTULO DO CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO




Bom dia, ótimo ANO NOVO para todos os queridos FLAETERNOS, e aproveitando a "deixa" dos Pellegrino, com uma ilustração mais que sugestiva, vamos lá (vamos que vamos, à la Jubertão, assim fica melhor), falar sobre a campanha do título mundial do Flamengo, que na verdade, teve início no Maracanã, em fevereiro de 1979. O Flamengo venceu o Volta Redonda por 2 a 0 pelo Campeonato Estadual Especial daquele ano. A competição classificou os melhores times do estado para o Campeonato Brasileiro de 1980, que classificou dois times para a Libertadores de 1981, que classificou seu campeão, o FLAMENGO para o Mundial de 1981.

Foi um longo caminho percorrido pelo Flamengo até conquistar seu maior título. No entanto, vamos nos ater principalmente ao ano mais vitorioso de todos os tempos do nosso FLAMENGO, o de 1981.

Foram 78 partidas no ano, uma verdadeira maratona, com 47 vitórias, 22 empates e 9 derrotas. A equipe marcou 166 gols e sofreu 60. Nunes foi não apenas o artilheiro, com 48 gols, como o atleta que mais vestiu a camisa do Flamengo no ano, em 69 jogos, número só igualado por Adílio. Zico, que atuou em 58 partidas, fez 45 gols.



Houve jogos dificílimos, não me esqueço das partidas contra o Cobreloa, um time pertencente a uma mina de cobre lá no Chile. O jogo de volta foi uma verdadeira guerra campal, com nossos jogadores sangrando no rosto, pois os adversários jogavam com pedra nas mãos para atingir nossos atletas. Mas prevaleceu a raça rubro negra, comandada nada mais nada menos pelo grande Zico. Ainda bem que o Anselmo entrou para moralizar a parada. Quem não se lembra disso ??? Foi marcante e muito importante, para nós, a entrada daquele jogador. Anselmo entrou no final e foi direto na "cara" do Mário Sotto, afundando-lhe o malar, sendo imediatamente expulso. Foram os melhores 30 segundos em campo de um jogador do FLAMENGO.



Devemos muito ao técnico Cláudio Coutinho, por ser o "patriarca" do super time que seria Campeão Mundial Interclubes em 81, já sob o comando de Paulo César Carpeggiani, pois Coutinho, magoado com a direção do clube, havia saído da Gávea rumo ao futebol norte-americano. No rubro-negro, Coutinho obteve sucesso ao misturar seus avançados conhecimentos táticos com o talento individual abundante naquele fantástico time, conseguindo montar o maior esquadrão da história do nosso futebol, um raro caso de uma equipe completa. Com isso, consagrou-se como um de nossos técnicos mais importantes. De férias, no Rio de Janeiro, onde praticava um dos seus "hobbies" preferidos, a pesca submarina, nas Ilhas Cagarras,  morreu afogado, aos 42 anos no dia 27 de novembro de 1981.



Sob o comando do jogador Paulo César Carpeggiani, que havia sofrido grave contusão no joelho, chegamos à final contra o poderoso Liverpool, acho até que já contei isso, mas é sempre muito bom relembrar coisas boas e essa é a melhor de todas, pois temos um título de fazer inveja a muitos Clubes por esse Brasil afora, principalmente a todos os Clubes do RJ, TODOS !!!

No dia 13 de dezembro de 1981, sagramo-nos Campeão Mundial Interclubes. O Flamengo era o melhor time de futebol daquele ano. O status foi definitivamente comprovado através da brilhante vitória por 3X 0 sobre  o Liverpool, então tricampeão europeu e, para a imprensa europeia, o favorito ao título. O Flamengo era campeão do Mundo, façanha conseguida, até então, apenas pelo também lendário Santos de Pelé.

Naquele dia, em Tóquio, o Flamengo não tomou conhecimento do adversário e o massacrou, impondo um forte ritmo de jogo e construindo a vitória ainda no primeiro tempo da partida. Zico, o maior craque rubro-negro de todos os tempos, foi eleito o craque da partida e, junto com Júnior, Adílio, Nunes, Raul, Leandro e cia., ajudou a fazer do Flamengo um dos maiores clubes de todos os tempos, incluindo-o entre os Clubes do Século da FIFA.



Data: 13/Dezembro/1981 Local: Estádio Nacional (Tóquio/JAP)
Árbitro: Rúbio Vazques (México) Gols: Nunes 13, Adílio 34 e Nunes 41 do 1° tempo.
Flamengo: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Tec.: Paulo César Carpeggiani.

Bem queridos FLAETERNOS, esta é mais uma singela colaboração desse torcedor APAIXONADO pelo seu clube de CORAÇÃO, O CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO. Sei que alguns de nós, vivenciaram aqueles tempos áureos do nosso FLAMENGO, mais tem uma garotada aqui, graças a Deus em tê-los conosco que têm conhecimento pelos comentários que são feitos nos rádios, tvs e aqui no FLAETERNO tb. Fico feliz em poder compartilhar com todos a minha MAIOR ALEGRIA, COMO RUBRO NEGRO QUE SOU !!! ABÇ E SRN A TODOS.