domingo, 24 de fevereiro de 2013

SALVE O NOSSO REI DO FUTEBOL - ZICO



       Bem, queridos FLAETERNOS, chegando a data em que o nosso Arthur Antunes Coimbra, o Zicaço aço aço ...  completará 60 anos e nada mais justo do que um texto em sua homenagem. É claro que não sou um "arquivo vivo" e mesmo tendo lembranças de momentos memoráveis do nosso eterno Galinho, precisei utilizar outros recursos para obter mais informações sobre a vitoriosa carreira desse que foi o maior que vi jogar pelo FLAMENGO e que para mim, só perdeu para um tal de Edson Arantes do Nascimento que jogava demais, em se tratando de futebol mundial.

          Nascido em 3 de março de 1953, Arthur Antunes Coimbra, começou jogando futebol pelo Juventude, time formado pelos seus irmãos e amigos do bairro de Quintino e futebol de salão, hoje comumente chamado de futsal, no River, bairro da Piedade, aqui no RJ, quando em uma partida seu time venceu por 14 X 4 e um menino lourinho e franzino fez nada mais nada menos que 10 gols, encantando uma pessoa presente naquele Clube, o locutor esportivo Celso Garcia, grande rubro negro, já falecido, a quem devemos uma eterna gratidão, por ter levado para a Gávea, aos 14 anos de idade, aquele que seria o maior ídolo da história do FLAMENGO.

          Zico foi "preparado" em laboratório, para adquirir força muscular. Mais uma pessoa importantíssima na carreira do Galo, depois do "descobridor" que levou-o ao CRF, JOSÉ ROBERTO FRANCALACCI, o preparador físico que desenvolveu todo o trabalho de fortalecimento muscular do atleta, tanto no Clube quando na sua Academia.

          Sua estreia no time titular, deus-se em 1971, numa vitória sobre o CRVG pelo placar de 2X1, quando deu passe para um gol do folclórico Fio. Em 1972, participou de 2 partidas pelo time principal, quando foi campeão carioca daquele ano, sendo ainda juvenil.

          Somente no ano de 1974, mais fortalecido para aguentar o tranco e os zagueiros brutamontes, principalmente do Vice, que entravam para quebrar, recebeu a camisa 10, sendo Campeão Carioca e tendo recebido a Bola de Ouro da Revista Placar, pelo seu excelente desempenho no Campeonato Brasileiro daquele ano.

          Em 1979, aos 26 anos, Zico superou a marca do até antão artilheiro, Dida, que havia marcado 244 gols pelo MAIS QUERIDO. Daí, foi uma sucessão de títulos BR, Libertadores/81 e  Mundial de Clubes.

          Em 1983, Zico transferiu-se para a Udinese da Itália, onde jogou por 2 temporadas, tendo voltado ao seu Clube de coração em 1985, quando em uma partida contra o Bangu, foi atingido deslealmente, de forma criminosa, melhor dizendo, pelo LE Márcio Nunes, tendo de ser operado, precisando ficar vários meses de fisioterapia (mais de 8h diárias de musculação)  para recuperar alguns centímetros da perna atingida, que ficara atrofiada.

          Para quem já o considerava um ex jogador, o Galinho provou o contrário, perseverante que era !!! Na partida de estreia do saudoso Sócrates, ele marcou 3 vezes, sendo 1 gol de falta na vitória do FLAMENGO por 4 X 1 em cima dos Flores.

          Depois, veio a Copa do Mundo (único título que faltou na sua carreira) e a Copa União de 87, quando fomos o legítimo campeão BR e até hoje é discutida nos bastidores da CBF. Título reconhecido pelo Clube dos 13, devidamente  assinado pelos dirigentes à época, inclusive pelo Sr. Eurico Miranda. Mas resolveram roubar-nos a Taça iôiô (vai e volta) mas para a NRN somos o legítimo campeão. Não se pode mudar a regra no meio do campeonato. Está dito !!!

          Zico decidiu parar de jogar no segundo semestre de 1989: Sua última partida profissional pelo Flamengo terminou da melhor forma possível, com uma goleada de 5 x 0 sobre o Fluminense em Juiz de Fora, num jogo em que o Galinho não poupou dribles, lançamentos e um inesquecível gol na sua especialidade. "Era tudo o que eu queria. Terminar com um gol e justo do jeito que eu mais gosto: de falta".

          Em 1991, o Galinho resolveu voltar aos gramados, atuando no Japão, (Sumitomo, hoje, Kashima Antlers) tendo feito vários  gols e é endeusado pelos apaixonados torcedores japoneses até hoje.

          De volta ao Brasil, criou o CFZ. Convidado a ser técnico também, passou por alguns Clubes, fora do Brasil e Seleção Iraquiana, tendo sido também convidado para exercer cargo de Diretor no CRF, na gestão anterior, que prefiro nem comentar, tamanha a covardia feita a ele, que não merecia tal tratamento. Mas vida que segue, o Galo deu a volta por cima ao apoiar os "Blues", chapa azul, vitoriosa na última eleição no nosso Clube.



         FAMÍLIA: Para quem não sabe, Zico descende de portugueses tanto pelo lado paterno como pelo lado materno.  José Antunes Coimbra , grande rubro negro e Matilde Ferreira da Costa Silva.  Do casamento nasceram seis filhos, cinco homens e uma mulher: a mais velha Zezé, Antunes  (falecido em 8 de Janeiro de 1997), Zeca, Nando, Edu e Tunico, e finalmente Zico. O nome Arthur foi escolhido pela mãe por causa de seu avô (que viria a falecer um ano depois). Zico e Sandra casaram-se em 18 de Dezembro de 1975. Zico e Sandra têm três filhos: Arthur Antunes Coimbra Júnior (nascido a 15 de Outubro de 1977), Bruno de Sá Coimbra (nascido a 16 de Outubro de 1978) e Thiago de Sá Coimbra (nascido a 6 de Janeiro de 1983) e dois netos.

        

          Falar do Zico, aquele que foi e é o maior artilheiro do Maracanã, com 333 gols marcados, cujo recorde dificilmente será quebrado, é uma satisfação indescritível, amigos. Um jogador que atuava de meia, aquele que a bola, antes de chegar às redes do adversário, passava obrigatoriamente pelos seus pés, para dar sequência, levar seu carimbo e ainda aparecia na área adversária para finalizar ou quando ele mesmo iniciava, ainda na intermediária, "lambendo" toda a defesa adversária, inclusive o goleiro e finalizava a gol. Como jogava o Galinho ...  sem contar que enfrentou os zagueiros mais carniceiros já vistos. Não esqueço do que o falecido Moisés dizia. Zagueiro que se preza, não recebe o troféu Belfort Duarte (era dado ao jogador que nunca foi expulso de campo) e ele, sempre maldoso, na primeira bola já ia direto no tornozelo do Zico, pois na primeira falta, os juízes tb nunca davam cartão. E olha que ser artilheiro pelo Flamengo, enfrentando zagueiros como Abel, Moisés, Renê, Orlando Lelé não é para qualquer um não hein !!! E o Zico enfrentou essas feras e VENCEU !!!



          Ao cidadão ARTHUR ANTUNES COIMBRA, grande jogador de futebol, ZICO, de muitas alegrias proporcionadas à NRN, homem de caráter, hombridade, moral, chefe de família, esposo, pai, avô, desejo muita SAÚDE, PAZ, PROSPERIDADE E HARMONIA, no dia em que completará 60 anos de vida e que Deus continue abençoando-o, na torcida de que volte ao nosso CLUBE, quem sabe,  na atual gestão ou na próxima, pois estaria em meio a pessoas de bem, que desejam tão somente o engrandecimento do FLAMENGO. Abç e SRN